domingo, 25 de maio de 2008

Aprender a ser livre


«Ao crescer, o homem descobre paulatinamente que tem um espaço interior, no qual está, de algum modo, à disposição de si mesmo. Ele percebe que, essencialmente, não depende nem dos pais, nem dos professores do colégio; não depende dos meios de comunicação, nem tão pouco da opinião pública. Experimenta um espaço no qual está a sós consigo mesmo, onde é livre. Descobre seu mundo interior, sua própria intimidade.
O íntimo é o que só a pessoa conhece: é o «santuário» do humano. Posso entrar dentro de mim, e aí ninguém pode me aprisionar.
Quando «estou comigo», facilmente percebo quão desnecessário e inclusive ridículo é o buscar a confirmação e o aplauso dos demais. O valor de uma pessoa não depende dos outros, não depende dos aplausos ou gestos de confirmação que possa receber ou não.
Somos mais do que vivemos no exterior. Há um espaço em nós ao qual os outros não têm acesso. É nossa «pátria interior», um espaço de silêncio e quietude. Enquanto não o descubramos, viveremos de um modo superficial e confuso, buscando consolo onde não há - no mundo exterior.
O homem é livre, quando mora na própria casa.
Infelizmente, há muitas pessoas que não «estão consigo», mas sempre com os outros. Não sabem descansar em si mesmas. » (Jutta Burggraf)

3 comentários:

Alice disse...

Belo texto !! Reflexio e transformador !


grande abraço pra vc

Viviana disse...

Olá Paulo,

Tão claro e transparente este texto!

Percebe-se imediatmente o que o autor quer dizer.

Num tema tão difícil de explicar á partida...

Gostei muito e senti que isto é comigo...

Gostei tanto que - sem lhe pedir - vou mandá-lo aos meus amigos na mensagem matinal de un dia destes.

Tenha um lindo dia e que o bom Deus o abençoe
um abraço
viviana

Anónimo disse...

E mais uma reflexao interessante. "O íntimo é o que só a pessoa conhece: é o «santuário» do humano. Posso entrar dentro de mim, e aí ninguém pode me aprisionar." Fiqei a meditar sobre isso.

Abraco! Inté!