quarta-feira, 29 de abril de 2009

A FONTE INTERIOR (2º PARTE)


Sempre que nos sentimos esgotados,
é sinal de que não estamos a beber
da nossa fonte interior
mas sim da água turva de outras fontes.
Aquele que dá aos outros
só para receber reconhecimento,
depressa fica exaurido.
No fundo, aquilo que os outros querem
não é assim tão importante.
Temos de procurar dentro de nós
aquilo que achamos certo.

Só reconciliando-nos connosco próprios
é que se torna possível alcançarmos
os nossos recursos interiores.

Quando bebemos das nossas fontes
mais íntimas e mais límpidas,
conseguimos trabalhar mais e melhor.
E fá-lo-emos com alegria e energia renovada.
A nossa própria fonte dá nova frescura
ao corpo e à alma
e isso vê-se em tudo o que fazemos.

Se viveres da tua fonte interior,
a tua vida dará muito fruto.
Não te deixes pressionar pela necessidade
de alcançar muitos feitos e de ter de demonstrar
aos outros o que quer que seja.
O mais importante é reconheceres
a fonte interior que te dá vida.

Anselm Grün, em "Em cada dia... um caminho para a felicidade"

segunda-feira, 27 de abril de 2009

A FONTE INTERIOR (1ª PARTE)


O sucesso da nossa vida depende
das fontes onde bebemos.

Se não formos bem fundo,
limitamo-nos a chapinhar em águas turvas.
Se queremos chegar às águas límpidas e vivificantes,
não devemos ficar-nos pela rama.
Devemos lançar-nos em busca das nascentes
que nos renovam verdadeiramente,
que dão sentido á nossa vida
e afastam as sombras que há em nós.

Quem bebe da fonte do Espírito Santo
recebe calma, fecundidade e vida.
Para encontramos em nós esta fonte de águas límpidas,
temos de ver para lá das águas turvas e avançar
até ao mais profundo do nosso ser,
onde brota esta fonte de vida.

O sentido que damos à nossa vida no seu todo
e a cada situação em concreto
é algo que nos dá forças,
que nos enriquece e revigora.
Quando não damos sentido ao que fazemos,
perdemos o contacto com a nossa fonte de energia.
Deambulamos sem razão de viver,
sem descobrir as oportunidades imensas
que vão surgindo no nosso caminho.

Anselm Grün, em "Em cada dia... um caminho para a felicidade"

sexta-feira, 24 de abril de 2009

O CORAÇÃO ALEGRE

O coração alegre é sempre um coração grande.
Está cheio de gentileza,
não julga ninguém e espalha alegria à sua volta.
A alegria é fruto da luz interior.
Não são apenas os que vivem
expostos às intempéries da vida
que aprendem com a experiência.
Também o céu limpo pode iluminar
a alma dos que vivem com tranquilidade.


O nosso coração é o lugar onde Deus habita;
é o lugar onde o Céu e a Terra se tocam
e é também a porta que se abre
para os outros poderem entrar em nós.
O coração une os homens uns aos outros.
Sempre que dois corações se tocam,
o céu abre-se sobre eles.
Aí, os anjos sobem e descem
pela escada do céu.


Anselm Grün, em "Em cada dia... um caminho para a felicidade"

quarta-feira, 22 de abril de 2009

SURPREENDIDOS PELO AMOR

O olhar benevolente dos outros transforma-nos.
Quando somos surpreendidos pelo amor
sentimo-nos como que renovados.
Quando somos amados,
renasce em nós aquilo que outrora estava
escondido ou adormecido.

Deixa que o teu coração seja tocado
pelo amor que vem ao teu encontro
ou que desabrocha em ti.
É o próprio Deus que te toca
e te abre o espírito para o mistério
de um amor mais puro e sincero
que é de todos e para todos.

Quem confia no amor que brota de si
receberá de volta todo o amor que partilhar.
Apenas o amor que é partilhado pode ser fonte de felicidade.
A felicidade que tentas possuir,
que tentas guardar só para ti,
não é verdadeira.
Uma felicidade que não é partilhada com os outros
é demasiado pequena para nos fazer
verdadeiramente felizes.

Existe na tua alma uma morada eterna para o amor.
Porém, não podes pensar que sofres com falta de amor,
não podes depender dos outros
para saber se eles te amam ou não.
Deves lembrar-te que existe em ti
uma fonte de amor divino que nunca seca,
que nunca se cansa, que é eterna.
Esta certeza liberta-te os movimentos,
afugenta o medo de que, na tua vida, não haja amor.

O amor de Deus é como uma nascente que nunca se esgota.
Não tens de procurar o amor em ti.
Deves apenas beber da nascente divina que habita
no teu ser e que chegará sempre para ti.

Quando confias a Deus
tudo o que há em ti,
compreenderás que és amado
de forma incondicional.
Sentirás uma presença reconfortante
e amorosa que te envolve e te protege.

Anselm Grün, em "Em cada dia... um caminho para a felicidade"

segunda-feira, 20 de abril de 2009

O SENTIDO HUMANO DA VIDA

O sentido da nossa vida é muito simples:
devemos orientar cada pensamento
e cada gesto de modo a que ela se torne
uma fonte de alento para os outros.

Sê justo para com os que se cruzam contigo.
Justo é aquele que deixa que os outros sejam iguais a si próprios,
que aceita as suas diferenças
e que ajuda os que precisam do seu auxílio.
Sê humano, com os outros e contigo.
A humanidade dos outros só é benéfica
para ti quando eles a têm para com eles próprios.
Só assim, a humanidade é recíproca
e pode ser um bálsamo para todos.

Sê bondoso para com as pessoas que cruzam o teu caminho.
Quem olha para si e para os outros com benevolência e tolerância
não se deixa tolher pelos seus próprios erros.
Agarra-se ao bem e acredita nele,
mesmo que sofra muitas desilusões.
A fé na bondade de cada um atrai o melhor que há nas pessoas,
pois reconhece o bem que há em todos.

Anselm Grün, em "Em cada dia... um caminho para a felicidade"

sexta-feira, 17 de abril de 2009

A ARTE DE SER FELIZ (2ª parte)


Só precisamos de nos maravilhar com a criação que nos rodeia.
Basta-nos observar o que temos perante os olhos
e entender a profundidade daquilo que vemos.
Então, sentiremos o prazer que se desprende
de toda a criação e que nos contagia.
Já não nos limitamos a apreciar a brisa dum dia de Primavera.
Deixamos que ela nos penetre e inunde o coração.
E então, irrompe em nós uma apaixonante alegria de viver.
A atenção que damos a cada momento
é mais do que um simples exercício de concentração,
é o caminho para a felicidade.
Não precisamos de muito
para sermos felizes.
Basta que estejamos atentos.
Quando nos sentimos gratos
pelas coisas que apreciamos,
até os olhos bem treinados são uma fonte de felicidade.
Todos os dias, os nosso olhos têm coisas maravilhosas para ver,
mas é preciso treinar a atenção
para contemplar, de forma consciente,
as maravilhas que nos saltam á vista diariamente:
a beleza de uma rosa,
a majestade de uma montanha,
o zumbido de um besouro
que cruza o nosso caminho,
o encanto de um rosto humano.
O melhor da tua vivência
está nas coisas que te rodeiam.
No prado que se estende
em frente à tua casa.
Nas flores que tens na secretária.
Na música que ouves.
No silêncio que desfrutas.
A felicidade já está à tua volta.
Só tens que a saborear.
Só quando o teu espírito habitar o teu corpo,
quando o teu espírito olhar,ouvir, cheirar, saborear
e tocar com todos os sentidos
é que poderás viver plenamente a felicidade.
Anselm Grün, em "Em cada dia... um caminho para a felicidade" (adaptado)

quarta-feira, 15 de abril de 2009

A ARTE DE SER FELIZ (1ªparte)


A arte de estar atento à vida
consiste em ver para lá
das aparências...
em descobrir o encanto
que habita em cada coisa.
A arte de ser feliz
pode ser aprendida e praticada.
E o treino pode começar agora mesmo.

Entrega-te à vivência do teu dia-a-dia.
Confia que é mesmo aí que podes
encontrar tudo o que procuras.
Não se trata de desencantar
novidades interessantes,
mas sim de apreciar o que já existe.
Aprecia aquilo que possuis.

Faz justiça às coisas que descobres na
realidade do teu quotidiano.
Então, sentirás que o teu dia-a-dia te conduz
à verdade, à pura descoberta do ser.
E quando entrares em contacto com
o teu interior mais profundo,
tocarás a razão de todo o teu ser.

Quando o quotidiano é visto
a uma nova luz, quando se torna
o local de encontro com Deus,
tudo se transfigura.

Somente o coração vê à sua volta
os sinais da verdade e da confiança
que se espelham no rosto
de cada pessoa,
em cada pedra e em cada ramo,
como que a dizer:
«Tu és amado. O amor está contigo
em tudo aquilo que vês.»

(Anselm Grüm, em "Em cada dia... um caminho para a felicidade" )

segunda-feira, 13 de abril de 2009

ELE VIVE EM CADA UM DE NÓS


«Se Jesus não tivesse vivido entre nós, Deus manter-se-ia distante, inatingível.
Mas, através da sua vida, Jesus deixou transparecer quem era Deus.
E hoje, ressucitado, Cristo vive em cada um de nós pelo Espírito Santo.

A confiança, a esperança e a paz do coração têm por fonte uma misteriosa presença:
a presença de Cristo.
Pelo Espírito Santo, Ele permanece em cada um de nós como humilde de coração.
E é suavemente que a sua voz se faz ouvir.»

(Irmão Roger, de Taizé, em "Deus só pode amar")

domingo, 12 de abril de 2009

O AMOR É MAIS FORTE DO QUE A MORTE



"O Amor é mais forte do que a morte"


"Deus dá-nos tudo, mas o maior dos seus dons é o amor que devemos ter por Ele."

Não quero desprezar este dom,
Mas acolhê-lo sempre no meu coração.
Porque o Amor dá-me tudo;
E eu devo dar tudo pelo Amor.
O Amor é a vida que vence a morte.
Do fruto do Amor brota a coragem, a justiça,
A alegria, a paz, a paciência,a bondade, a generosidade, a fidelidade...

No Amor serás livre!
E o Amor tudo pode,
"Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."

Deus é Amor, Deus é Amor, Deus é Amor...
Deus não é senão Amor.
A minha vocação é ser amor.

No Amor reside a verdadeira liberdade.
Se amares e acolheres o Amor serás livre!
Livre sobretudo da escravidão ao Pecado.

Devo amar sempre mais, mais e mais...
Nunca amarei o suficiente.
Mas buscarei sempre a pureza absoluta do amor;
um amor absolutamente purificado de todo o egoísmo;
um amor sempre em crescimento, em expansão, em contínua doação de si mesmo.

"Se não tiver amor, de nada me aproveita:
conhecer todos os mistérios e toda a ciência,
distribuir todos os meus bens,
entregar o meu corpo para ser queimado..."
Não, "se não tiver amor, de nada me aproveita."

Oiço-Te dentro de mim a perguntar:
"Paulo, tu amas-me?";
"Paulo, tu és deveras meu amigo?"
Ouso responder-Te: Jesus, quero muito amar-Te;
Quero muito ser Teu amigo.
Quero confiar absolutamente em Ti;
Ser-Te fiel em tudo.
Sei que queres todo o meu coração,
e a minha alma e a minha mente e o meu espírito.
Concede-me esse dom de Amar-Te acima de todas as coisas.

No fim da jornada, acredito que me "julgarás" segundo os critérios do amor.
Eis os teus critérios:

"Faz aos outros o que gostararias que te fizessem a ti.
Cumpre a lei do Amor.
Ama-me naquele que tem sede e fome;
Nos doentes, nos prisioneiros, nos abandonados,
nos excluídos, nos pobres, nos marginalizados,
nos oprimidos, nos deprimidos...
Segue-me, toma a tua cruz, renuncia a ti mesmo;
Sê um reflexo de Mim; luz resplandecente que ilumina as trevas do mundo.
Perde a tua vida para te encontrares na que Te ofereço
Esvazia-te para te encheres de Mim."

O Amor é mais forte do que a morte.
Acredito que Hoje, Aqui e Agora, Tu estás vivo, Jesus.
Jesus, Tu estás Vivo!

Tu amaste até ao fim
Numa entrega absoluta de Ti mesmo,
Numa obediência pura e sem tréguas.
O Teu Amor sem limites venceu a morte e deu-nos a vida sem fim...

Concede-me a graça de ser fiel à Tua vontade,
ao Teu Mandamento de Amor Absoluto
ao Teu Projecto de Amor, reconciliação, justiça, alegria, paz, liberdade, fraternidade, união.
Concede-me a liberdade suprema de amar até ao fim,
A humildade para Te obedecer em tudo.
A verdadeira alegria de viver como Tu viveste
Para vencer a morte como Tu venceste!

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Jesus - Porta para a Vida


"Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem". (João 10:9)

"Jesus se identifica com a porta. Ele é a porta que conduz ao nosso próprio âmago. Ele tem acesso ao nosso coração. E por meio de Jesus entramos em contacto com nós mesmos. (...)

Certamente, os primeiros cristãos experimentavam Jesus e as suas palavras como uma porta que os levava a eles próprios. Meditando sobre Jesus descobriam de repente quem eram eles mesmos. Através de Jesus como porta podiam entrar em sua própria casa para sentirem-se em casa. Jesus era para eles a porta para o seu verdadeiro eu. E é esse também o desafio para mim hoje: compreendendo Jesus compreendo a mim mesmo, descubro quem sou eu de verdade, ganho acesso a mim mesmo.

Jesus é a porta pela qual posso entrar e sair. Por meio dele posso encontrar um bom pasto. Revela-se aí um outro aspecto da imagem da porta. Jesus é para nós a porta pela qual encontramos não só o acesso a nós próprios, mas também a saída para o mundo.
Só permanece vivo aquele que, através de Jesus, entra em seu próprio interior, mas que através de Jesus também sai para o mundo.(...)

Por meio de Jesus encontramos o nosso verdadeiro ser, a nossa totalidade. Só em Jesus se revela o significado da vida. Jesus é a porta para a vida em abundância, para a vida em profusão. É a vida divina que não é limitada pela estreiteza do nosso corpo e da nossa história pessoal. "

(Anselm Grün, em "Jesus - Porta para a Vida")

quarta-feira, 8 de abril de 2009

À PROCURA DA PERFEIÇÃO (2ª parte)

«No tempo em que vivemos, o sucesso imperioso tornou-se a nossa cruz, passou a determinar o nosso enconto com os outros. Junto com uma insaciável necessidade de louvores e confirmação da nossa superioridade em relação ao comum dos mortais, carregamos o medo aflitivo de falhar.

Que importam os nossos sentimentos? Que importa a nossa capacidade de rir, de brincar, de termos um gesto de ternura, de nos emocionarmos? Que importa a nossa vontade de afagar um animal ou de cuidar de uma planta? Que importa a satisfação que nos dá apanhar amoras num silvado ou uma pena que voou ao nosso encontro?

Nada disso conta para a nossa avaliação.

Só pelo sucesso somos medidos, ainda que muitas vezes ele assente no esforço ou, pior ainda, no fracasso alheio.

E se voltássemos ao princípio de nós? E se nos atrevêssemos a ser o que verdadeiramente somos, acreditando que pode haver quem nos ame mesmo assim?

Se Deus nos quisesse perfeitos, tinha-nos feito perfeitos, mas preferiu criar seres em movimento, à procura da perfeição. Da nossa e da alheia.»

(Henrique Manuel, em "Mas Há Sinais...")

segunda-feira, 6 de abril de 2009

À PROCURA DA PERFEIÇÃO (1ª parte)

«O psiquiatra Amo Gruen afirma que «o vício do poder destrói o coração do homem».

O que esperamos, não só do espelho onde em cada manhã nos olhamos mas de todos os olhos que nos olham, é a confirmação dessa imagem de seres poderosos que desejamos ostentar.

Odiamos em nós o desamparo, a dependência, as limitações, o medo, qualquer sinal de fraqueza, e se alguém ousa pôr a realidade a descoberto, enfurecemo-nos e descarregamos a nossa raiva. Queremos dizer a nós mesmos que não, que não conhecemos a insuficiência, o sofrimento, a dor, o medo de falhar, o medo da rejeição, o medo de que não gostem de nós.

Conhecemos a alegria que nos invade quando vencemos uma competição ou quando nos prestam homenagens. No entanto, esquecemo-nos de procurar a alegria no crescimento de outra pessoa, na partilha de um sofrimento ou de um momento de tristeza, na realização de qualquer coisa que torne melhor o espaço e o tempo em que nos foi dado viver.»

(Henrique Manuel, em "Mas Há Sinais...")

sexta-feira, 3 de abril de 2009

A LIBERDADE NO AMOR

"A liberdade para a qual conduz a vida espiritual não é apenas a liberdade de todas as influências exteriores, não apenas a liberdade das paixões e do poder dos homens. Ela é, simultaneamente, uma liberdade da entrega. Não se trata portanto apenas de uma liberdade 'de', e, sim, também de uma liberdade 'para'.

O ser humano que se tornou livre de si mesmo, também está livre para entregar-se em favor de outros, como Jesus o afirmou a respeito de si mesmo: "Não existe amor maior do que quando alguém entrega sua vida pelos amigos' (Jo 15,13).

A liberdade das expectativas dos outros e a liberdade de girar em torno de si mesmo são as condições para o amor. Somente quem se tornou livre de si mesmo pode empenhar-se altruisticamente pelos outros.

Não misturará seu engajamento com motivações egoístas, como tantas vezes o fazemos. Ele se torna livre de pensar em sua própria reputação, em seu empenho, nos elogios e no reconhecimento pelos homens. Também não pensará que então se sentirá melhor do que as outras pessoas, que Deus o iria recompensar, etc.

Ele está livre para as pessoas que dele necessitam. Livre para oferecer-se em amor."

(Anselm Grun, em "Caminhos para a Liberdade")

quinta-feira, 2 de abril de 2009

SÓ O AMOR

«Não podemos reconhecer a nós mesmos se não nos amamos.
E só o amor nos permite penetrar fundo em nós mesmos e reconhecer quem somos em verdade.

Amar-se a si mesmo é diferente de girar em torno de si.»

(Anselm Grün, em "O pequeno livro da verdadeira felicidade)

quarta-feira, 1 de abril de 2009

CRIANÇAS E PEDRAS

Sobre Deus, uma história:

Era uma vez uma criança. Uma criança que tentava levantar uma pedra. Porém, e apesar do seu esforço, nem sequer a conseguia mexer.

O pai, que a observava já há algum tempo, disse-lhe finalmente:

- Ouve, tens a certeza de que estás a usar toda a tua força?

- Sim, tenho - respondeu o filho.

- Não estás não. É que ainda não me pediste para te ajudar - disse-lhe o pai.

Que é como quem diz: «Façamos o pouco que nos toca a nós realizar, mas façamo-lo. Depois entreguemos o resto a Deus, que nos ama com amor infinito."

(Henrique Manuel, em "Mas Há Sinais...")