domingo, 27 de dezembro de 2015


«Se Deus Se insinua a nós naquele miúdo nazareno, é porque quer criar connosco uma daquelas relações de Amigo de Infância.»

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

FELIZ NATAL


«A Salvação de Deus não é um raio que nos cai em cima cheio de poder e estrondo, mas um Menino que nos vem parar ao colo.»
Rui Santiago Cssr in "Teologia da Beleza"

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

UM PRESENTE SONHADO POR DEUS


«Jesus é um Presente sonhado e preparado desde sempre, ideia presente já no Coração de Deus enquanto o Poema da Criação ia nos seus primeiros versos.
Jesus é um Presente de Deus necessitado de acolhimento e cuidado. Não apela primeiramente à nossa obediência, mas ao nosso carinho. Não puxa pelas nossas forças, mas mete-se com o que em nós há de mais entranhável, capaz de ternura e compaixão.»
Rui Santiago Cssr in "Teologia da Beleza"

domingo, 20 de dezembro de 2015

A GRANDEZA DE DEUS


Ouvi contar esta história:
Uma criança com toda a naturalidade, voltou-se para Deus e perguntou-lhe:
"E tu, o que é que queres ser quando fores grande?"
"Pequeno", respondeu-lhe Deus, também com toda a naturalidade.

Os homens querem ser grandes, mas a grandeza de Deus está em tornar-se pequeno, em dar a vida, em desaparecer pelo bem do outro.

Vasco Pinto de Magalhães, s.j. in "Não há soluções, há caminhos"

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015


«Caminhava pelo parque Verrerie, dando o braço direito à minha mãe, quando ao meu lado esquerdo vi, a vibrar rente à relva, uma borboleta cujas asas violeta pareciam o fragmento de uma carta caída de um céu místico.
A minha mãe, exausta, subia tão lentamente a ladeira que pude, durante vários minutos, exercer com igual atenção as duas atividades que abarcam toda a minha vida e que nunca posso exercer em simultâneo: estar presente, junto daqueles que amo, e ausentar-me na leitura de um texto, escrito nesse dia com tinta violeta e vibrante de verdade insustentável.»
Christian Bobin, in "Ressuscitar"

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

NOTÁVEIS


Do meu dicionário pessoal e transmissível...
Notáveis: todos aqueles que, com humildade e abnegação, iluminam a vida de outros em gestos e atos de bondade esplendorosamente anónima.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015


«Á volta do tabuleiro os dois tinham construído uma ilha, um castelo sem areia onde ainda valiam a palavra, a honra, a amizade. Eles os cavalheiros e, no tabuleiro, as damas.»
Mia Couto, in O Fio das Missangas

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

O SEGREDO DA ÁRVORE


«Quando contemplamos a beleza de uma árvore nem sempre nos lembramos que o seu segredo está guardado nas suas raízes. Tem uma história que a fez erguer-se, que a tornou majestosa, mas se permaneceu, se cresceu, se resistiu às intempéries da vida, é porque as suas raízes se foram aprofundando. Cresceu em altura, mas também cresceu em profundidade. Há um mistério oculto que acompanha a sua vida, e todas as vidas.
O sentido sagrado da existência, vivida no quotidiano, advém daqui. Quanto mais nos adentramos nas nossas raízes tanto mais somos dom, beleza, vida para a vida do mundo.»
Carlos Maria Antunes, in Só o Pobre se faz Pão

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015



Somos o que somos chamados a ser sempre que um gesto de amor puro e desinteressado nascer das nossas mãos inocentemente vazias.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

"Histórias de Ver e Andar" - Teolinda Gersão


Recomendo a leitura de: "Histórias de Ver e Andar" - Teolinda Gersão
Um livro surpreendente, uma verdadeira pérola. São 14 histórias que nos fazem refletir sobre a sociedade, as relações humanas, o sofrimento, a solidão. Desafiam-no a olhar mais atentamente para pormenores que nos podem passar despercebidos, e que podiam acontecer no nosso quotidiano, no nosso bairro, na nossa casa, na nossa família.
Aborda temas importantes como a fama a qualquer custo, não olhando a meios para atingir fins, a importância de estar presente na vida daqueles que amamos, a solidão, entre outros.
Há um conto que jamais esquecerei: "Big Brother isn´t watching you". E mais não revelo...
Na contra capa «Histórias de ver e andar foi o nome dado pelos árabes às narrativas de viagem, em épocas de descobrir mundos. Mas não é necessário ir longe para mudar de horizonte: o desconhecido mora ao lado, e também dentro da nossa porta. Reconhecê-lo - ou não- depende do modo de ver. E do modo de andar.»