«Quem o tem o coração puro?
Aquele que não mancha o seu coração nem com o mal que comete
nem com o bem que faz».
Dietrich Bonhoeffer, citado por François Varillon, em "Alegria de Crer e Viver"
" Porque melhor é a sabedoria do que os rubis; e, de tudo o que se deseja, nada se pode comparar com ela." - Provérbios 8.11
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
SABER QUE SE É AMADO
«Pensar que Deus nos condena é um dos maiores obstáculos à fé. (...)
Se soubéssemos até que ponto certas crianças precisam que olhemos para elas com confiança para que possam reencontrar a alegria de viver...
No coração de uma criança, saber que se é amado com ternura, que se é perdoado, pode ser fonte de paz para toda a vida.»
Irmão Roger de Taizé
Se soubéssemos até que ponto certas crianças precisam que olhemos para elas com confiança para que possam reencontrar a alegria de viver...
No coração de uma criança, saber que se é amado com ternura, que se é perdoado, pode ser fonte de paz para toda a vida.»
Irmão Roger de Taizé
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
O PENSAMENTO DE DEUS
«Penso o que pensam todos ao meu redor ou penso o pensamento de Deus?
Quando vemos a realidade com os olhos de Deus, reconhecemos claramente o que é bom para nós e o que nos torna sãos e inteiros, o que nos conduz à vida verdadeira»
Anselm Grün, em "O Pequeno livro da verdadeira felicidade"
Quando vemos a realidade com os olhos de Deus, reconhecemos claramente o que é bom para nós e o que nos torna sãos e inteiros, o que nos conduz à vida verdadeira»
Anselm Grün, em "O Pequeno livro da verdadeira felicidade"
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
SENSATEZ E SENSIBILIDADE
«Um sábio anotou que as pessoas, em geral, são sensatas.
Poucas, no entanto, seriam sensíveis.
A sensibilidade é qualidade do coração que agasalha com ternura os relacionamentos humanos. Pessoas sensatas são lógicas e corretas, mas duras e cobradoras.
Julgam sem piedade e não perdoam facilmente.
Trabalham bem, mas não são boa companhia.
Podem até ser heróicas e dignas de aplausos, mas falta-lhes alegria espiritual e não sabem dançar.
São zelosas, mas com pouco carinho pela vida.»
Pe. Neylor J. Tonin
Poucas, no entanto, seriam sensíveis.
A sensibilidade é qualidade do coração que agasalha com ternura os relacionamentos humanos. Pessoas sensatas são lógicas e corretas, mas duras e cobradoras.
Julgam sem piedade e não perdoam facilmente.
Trabalham bem, mas não são boa companhia.
Podem até ser heróicas e dignas de aplausos, mas falta-lhes alegria espiritual e não sabem dançar.
São zelosas, mas com pouco carinho pela vida.»
Pe. Neylor J. Tonin
terça-feira, 19 de outubro de 2010
A NOSSA MISSÃO NO MUNDO
«Como cristão, interpreto a minha missão no mundo da seguinte forma: Deus - tal como Romano Guardini disse, certa vez - pronunciou sobre mim uma palavra original que pensou apenas para mim. Diria que se trata de uma palavra-passe que só serve para mim.
A minha missão consiste em deixar que essa palavra única de Deus, que em mim encarnou, se torne perceptível neste mundo.
Posso dizer que gostaria de deixar neste mundo a minha marca de vida muito pessoal. Gostaria de voltar a irradiar neste mundo aquilo que Deus colocou em mim. Mas, o que é afinal, a minha marca de vida? Reconheço-a quando escuto o que existe dentro de mim e sinto que sou consistente. E reconheço-a quando me reconcilio com a minha história de vida.
Muitas vezes, é precisamente nas minhas lesões espirituais que consigo descobrir a marca que posso deixar neste mundo. No lugar onde me sinto magoado, também me abro ao meu verdadeiro ser, à palavra única que Deus pronunciou em mim.»
Anselm Grün, em "O Livro das Respostas"
A minha missão consiste em deixar que essa palavra única de Deus, que em mim encarnou, se torne perceptível neste mundo.
Posso dizer que gostaria de deixar neste mundo a minha marca de vida muito pessoal. Gostaria de voltar a irradiar neste mundo aquilo que Deus colocou em mim. Mas, o que é afinal, a minha marca de vida? Reconheço-a quando escuto o que existe dentro de mim e sinto que sou consistente. E reconheço-a quando me reconcilio com a minha história de vida.
Muitas vezes, é precisamente nas minhas lesões espirituais que consigo descobrir a marca que posso deixar neste mundo. No lugar onde me sinto magoado, também me abro ao meu verdadeiro ser, à palavra única que Deus pronunciou em mim.»
Anselm Grün, em "O Livro das Respostas"
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
USAR AS COISAS E AMAR AS PESSOAS
"Haverá outro meio de uma pessoa tirar satisfação de outra que não o amor ou a dádiva?
Não confundas o amor com o delírio da posse.
Contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer.
O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse, sim, faz sofrer.
Haverá outro meio de uma pessoa tirar satisfação de outra que não o amor ou a dádiva?
Talvez devêssemos lavrar e semear o coração com esta lei, tão certa como a da gravidade:
Aprender
a usar as coisas
e a amar as pessoas;
não a amar as coisas
e a usar as pessoas."
Henrique Manuel, em "Mas Há Sinais..."
Não confundas o amor com o delírio da posse.
Contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer.
O instinto de propriedade, que é o contrário do amor, esse, sim, faz sofrer.
Haverá outro meio de uma pessoa tirar satisfação de outra que não o amor ou a dádiva?
Talvez devêssemos lavrar e semear o coração com esta lei, tão certa como a da gravidade:
Aprender
a usar as coisas
e a amar as pessoas;
não a amar as coisas
e a usar as pessoas."
Henrique Manuel, em "Mas Há Sinais..."
terça-feira, 12 de outubro de 2010
A FÉ COMPROVA-SE
"A fé não se prova, comprova-se! É assim noutras coisas. Por exemplo, vejo que há coisas tão horríveis, mas se me arrisco a viver pondo em prática a alegria, a ternura, o perdão... isso dá frutos, faz-me crescer, harmoniza, faz felizes os outros, torna a vida bela! Mas se vivo à espera da demonstração teórica para depois agir, acabo mal: ou bloqueado, ou contra tudo e todos.
Ninguém ama começando por apresentar os argumentos sobre a existência do amor. O mesmo em relação a Deus: atreve-te a confiar e verás."
Vasco Pinto de Magalhães
Ninguém ama começando por apresentar os argumentos sobre a existência do amor. O mesmo em relação a Deus: atreve-te a confiar e verás."
Vasco Pinto de Magalhães
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
PLENITUDE INTERIOR - amar e ser amado
«Não há experiência mais profunda no ser humano do que aquela de ser amado.
Só o sentir-se amado transforma, faz perdoar-me a mim mesmo, aceitar o que sou, querer ser o que sou.
As comparações e as utopias fazem-nos, muitas vezes, olhar na direcção errada. Se o desejo comanda a Vida, então que esse desejo seja movido pelo amor a mim mesmo, com uma transparência e simplicidade que me faça dizer sem complexos: esta é a minha perfeição. Uma conquista de todos os dias, mas esta é a minha conquista.
O amor a si mesmo é tudo menos egoísta, porque é uma visão realista das próprias falhas, mas sobretudo um olhar simples e humilde sobre aquilo que sou.
A humildade é reconhecer a nossa bondade e ficarmos extremamente felizes por isso. Mais uma vez, encontra-se no fundo desta dinâmica o amor, e o sentir-se amado.
Para quem acredita, é um passo fundamental dar este salto: acreditar que Deus me ama sempre, acredita sempre em mim, não desiste. Ter alguém que sempre apoia o meu desejo de perfeição é a base de todo o movimento em direcção à plenitude.
Sentindo-se amado, e reconhecido como se é, torna a pessoa mais autêntica no modo de estar perante o mundo e os outros. Move-a o desejo de simplesmente ser, fazer crescer o bem, ser radicalmente optimista, porque nada está perdido, mesmo que o pareça. Deste modo, aquele que é amado ama como a expressão mais própria da Vida. Tudo o que sente e faz se confronta com o desejo que a Vida e os outros se sintam amados como eu me sinto amado.
Por ser tão simples este caminho, é difícil percorrê-lo, porque pensamos que as coisas importantes precisam de enciclopédias para serem explicadas. Quando pensamos e classificamos demasiado, estamos a estragar tudo. Como quando amamos alguém, não o conseguimos explicar, simplesmente é assim.
Quando vivemos em plenitude, tudo é uma oportunidade grande, desejamos afastar as coisas menos boas de nós, e desejamos só que tudo seja bonito... é o único caminho que verdadeiramente interessa.»
António Valério, s.j. http://amar-tesomente.blogspot.com/2009/10/plenitude-interior.html
Só o sentir-se amado transforma, faz perdoar-me a mim mesmo, aceitar o que sou, querer ser o que sou.
As comparações e as utopias fazem-nos, muitas vezes, olhar na direcção errada. Se o desejo comanda a Vida, então que esse desejo seja movido pelo amor a mim mesmo, com uma transparência e simplicidade que me faça dizer sem complexos: esta é a minha perfeição. Uma conquista de todos os dias, mas esta é a minha conquista.
O amor a si mesmo é tudo menos egoísta, porque é uma visão realista das próprias falhas, mas sobretudo um olhar simples e humilde sobre aquilo que sou.
A humildade é reconhecer a nossa bondade e ficarmos extremamente felizes por isso. Mais uma vez, encontra-se no fundo desta dinâmica o amor, e o sentir-se amado.
Para quem acredita, é um passo fundamental dar este salto: acreditar que Deus me ama sempre, acredita sempre em mim, não desiste. Ter alguém que sempre apoia o meu desejo de perfeição é a base de todo o movimento em direcção à plenitude.
Sentindo-se amado, e reconhecido como se é, torna a pessoa mais autêntica no modo de estar perante o mundo e os outros. Move-a o desejo de simplesmente ser, fazer crescer o bem, ser radicalmente optimista, porque nada está perdido, mesmo que o pareça. Deste modo, aquele que é amado ama como a expressão mais própria da Vida. Tudo o que sente e faz se confronta com o desejo que a Vida e os outros se sintam amados como eu me sinto amado.
Por ser tão simples este caminho, é difícil percorrê-lo, porque pensamos que as coisas importantes precisam de enciclopédias para serem explicadas. Quando pensamos e classificamos demasiado, estamos a estragar tudo. Como quando amamos alguém, não o conseguimos explicar, simplesmente é assim.
Quando vivemos em plenitude, tudo é uma oportunidade grande, desejamos afastar as coisas menos boas de nós, e desejamos só que tudo seja bonito... é o único caminho que verdadeiramente interessa.»
António Valério, s.j. http://amar-tesomente.blogspot.com/2009/10/plenitude-interior.html
terça-feira, 5 de outubro de 2010
A LOJA DA VERDADE
Mal pude crer nos olhos quando vi
o nome do lugar: A Loja da Verdade.
Ali eles vendiam a Verdade!
A funcionária ao balcão foi delicada:
que tipo de verdade eu procurava...
só parte dela ou a Verdade toda?
Pois claro, a Verdade toda.
Não me dê decepções nem altos pensamentos.
Eu disse que gostava da Verdade
muito clara, simples, inteira.
Ouvindo isto, ela conduziu-me então
para o outro lado do balcão onde vendiam,
somente aí, a tal Verdade inteira.
O comerciante olhou-me compassivo
e mostrou-me a «etiqueta» com o preço:
«Como assim?», perguntei, determinado
a conseguir, custasse o que custasse
a Verdade toda.
«É que... se levar esta Verdade,
o preço que por ela vai pagar
será não ter mais descanso na vida».
Foi o que disse o homem do balcão
e eu, triste, afastei-me dessa loja
porque pensava eu, tolo, que podia
achar a Verdade inteira... a baixo preço.
Não estou pronto ainda para ela;
quero descanso e paz, de vez em quando;
sinto que preciso ainda de racionalizar,
de usar defesas,
escondendo-me atrás dessas muralhas
que levantei com crenças imbatíveis!
Anthony de Mello, O canto do pássaro
o nome do lugar: A Loja da Verdade.
Ali eles vendiam a Verdade!
A funcionária ao balcão foi delicada:
que tipo de verdade eu procurava...
só parte dela ou a Verdade toda?
Pois claro, a Verdade toda.
Não me dê decepções nem altos pensamentos.
Eu disse que gostava da Verdade
muito clara, simples, inteira.
Ouvindo isto, ela conduziu-me então
para o outro lado do balcão onde vendiam,
somente aí, a tal Verdade inteira.
O comerciante olhou-me compassivo
e mostrou-me a «etiqueta» com o preço:
«Como assim?», perguntei, determinado
a conseguir, custasse o que custasse
a Verdade toda.
«É que... se levar esta Verdade,
o preço que por ela vai pagar
será não ter mais descanso na vida».
Foi o que disse o homem do balcão
e eu, triste, afastei-me dessa loja
porque pensava eu, tolo, que podia
achar a Verdade inteira... a baixo preço.
Não estou pronto ainda para ela;
quero descanso e paz, de vez em quando;
sinto que preciso ainda de racionalizar,
de usar defesas,
escondendo-me atrás dessas muralhas
que levantei com crenças imbatíveis!
Anthony de Mello, O canto do pássaro
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
A FELICIDADE VEM POR ACRÉSCIMO
«Um trecho do Evangelho diz:
"Procurai em primeiro lugar, o Reino e o resto vos será dado por acréscimo."
A felicidade é justamente o que nos é dado por acréscimo! Razão pela qual se a procurarmos em primeiro lugar, nunca chegaremos a encontrá-la...
A etimologia da palavra felicidade é muito significativa. Como já indiquei com precisão, é a "boa hora"; trata-se de estarmos na hora certa, de estarmos presentes onde estamos!
A infelicidade é justamente não estarmos presentes... onde estamos!
Há duas maneiras de viver o tempo: o presente e o ausente.(...)
A felicidade é reencontrarmos em nós a capacidade para amar, porque tudo o que fazemos sem amor é tempo perdido, é feito em má hora, é uma infelicidade... Enquanto tudo o que fazemos com amor é a eternidade reencontrada, a boa hora reencontrada; desse modo, a felicidade nos é dada por acréscimo.»
Jean-Yves Leloup, em "Amar... apesar de tudo"
"Procurai em primeiro lugar, o Reino e o resto vos será dado por acréscimo."
A felicidade é justamente o que nos é dado por acréscimo! Razão pela qual se a procurarmos em primeiro lugar, nunca chegaremos a encontrá-la...
A etimologia da palavra felicidade é muito significativa. Como já indiquei com precisão, é a "boa hora"; trata-se de estarmos na hora certa, de estarmos presentes onde estamos!
A infelicidade é justamente não estarmos presentes... onde estamos!
Há duas maneiras de viver o tempo: o presente e o ausente.(...)
A felicidade é reencontrarmos em nós a capacidade para amar, porque tudo o que fazemos sem amor é tempo perdido, é feito em má hora, é uma infelicidade... Enquanto tudo o que fazemos com amor é a eternidade reencontrada, a boa hora reencontrada; desse modo, a felicidade nos é dada por acréscimo.»
Jean-Yves Leloup, em "Amar... apesar de tudo"
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