segunda-feira, 28 de novembro de 2011

ANTES DE AMAR-TE






Antes de amar-te, amor, nada era meu
Vacilei pelas ruas e as coisas:
Nada contava nem tinha nome:
O mundo era do ar que esperava.
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se despediam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
Caído, abandonado e decaído,
Tudo era inalienavelmente alheio,
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza
De dádivas encheram o outono.

Pablo Neruda

1 comentário:

Viviana disse...

Olá, Paulo

Vim matar saudades...

Firme e forte...aqui continua no seu importante espaço.

Alegro-me muito com isso.

"Portanto, meus amados irmãos sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor."

(I Ep. de S. Paulo aos Coríntios cap. 15:58)

Reafirmo a minha amizade e amor cristão

Desejo-lhe uma semana repleta de bençãos
no amor de Cristo

viviana