terça-feira, 29 de janeiro de 2013


«Quando eu for grande, espero não me tornar maior que o meu coração. Porque depois abafa. Prefiro ter o coração maior que tudo, maior que eu mesmo quando for crescido. E, se calhar, até vai ser preciso viver com o coração fora do peito. Porque não vai caber. Sim! É isso mesmo que eu quero quando for crescido: viver com o coração fora do peito, mais perto de todas as coisas. (...)

Quando eu for grande quero continuar a ser Feliz! Não quero nunca ter pena de ter crescido. Não quero ficar com os olhos mais pequenos nem habituar os ouvidos a ouvir unicamente palavras. Quero ter os joelhos da alma esmurrados muitas vezes, porque cada cicatriz tem uma história para contar. Quero ter mãos capazes de falar em cada movimento que fazem e um cabelo que, se me puser a jeito, me levanta do chão e me faz voar à altura que eu quiser.

Quando eu for grande… ah, caraças… quando eu for grande hei-de descobrir no Céu ALGUÉM que sonha e se mete em todas estas aventuras comigo.»


Rui Santiago

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