Manuel Lezaeta Acharán. Filósofo da saúde, descobridor da Doutrina Térmica.(17 de junho de 1881 - 24 de Setembro de 1959)
Quero prestar aqui a minha sincera e sentida homenagem a este homem que revolucionou a história da Saúde e da medicina natural. Considero importante dar a conhecer a sua vida, as suas descobertas, experiências, conceitos, ideias...
O retrato que traço é baseado nos livros que ele escreveu e nas notas biográficas escritas pelo seu filho, Rafael Lezaeta, no livro "A Sáude pela Natureza".
Hoje , vou abordar um pouco da sua história de vida e revelar as circunstâncias que o levaram a enveredar por um caminho totalmente diferente daquele que ele imaginara para a sua vida. Como ele concebeu a "Doutrina térmica da saúde"? Decorria o ano de 1899 quando entrou na Escola de Medicina da Universidade do Chile. Teve mestres e professores ilustres e conceituados. Durante os seus estudos foi vítima das chamadas doenças sociais e viu-se obrigado a interromper os estudos médicos, os quais jamais viria a retomar em virtude de reconhecer o fracasso da medicina para restabelecer a Saúde. Ele mesmo escreve: " Durante alguns anos fui tratado por professores e especialistas de Santiago, com cujos dispendiosos tratamentos só consegui agravar as minhas doenças que se foram complicando de ano para ano." Resignado dos seus males decidiu passar uma temporada numa pequena povoação do sul do Chile e, quando se preparava para regressar à capital, foi abordado por um monge que se cruzou com ele à saída do hotel onde estava hospedado e como ele próprio conta: " ...olhando-me fixamente interrogou-me:«Vieste para me ver?» -Não, padre, respondi. «Anda à minha consulta, porque estás muito doente», continuou ele. Era o Padre Tadeo que, sem procurá-lo, a Divina Providência punha no meu caminho para me salvar a vida."
Ele foi à consulta do padre que, ao observá-lo, disse: " Dá graças a Deus de estar aqui, porque estás tão doente que, se não seguires o meu tratamento vais morrer em breve." Lezaeta tinha plena consciência do seu estado e sentia que piorava de dia para dia. Apesar disso, manifestou ao padre que tinha em seu poder atestados médicos dos seus professores que comprovavam a ausência de micróbios da infecção sifilítica e que era apenas vítima de neurastenia. Mas, o padre não estava de acordo e garantiu-lhe que a doença estava no seu sangue.
Lezaeta escreve: " Recebi a «receita» que prescrevia passeios descalço pelo orvalho da relva ao nascer do sol, fricções e duches de água fria a determinadas horas; enfaixamentos húmidos a todo o corpo alternando com banhos de vapor de caixa, excursões com subidas de montanhas, etc, etc."
Ainda que lhe parecesse difícil que pudesse recuperar a saúde perdida com estas práticas originais, Lezaeta submeteu-se a elas com " pontualidade e constância."
Qual foi o resultado? Que mudanças ocorreram no seu organismo? Recuperou a Saúde perdida? Num próximo post irei responder a estas questões.
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