domingo, 25 de março de 2007

Saudade

Que frias saudades eu sinto
Do calor das tuas mãos.
Quando entrelaçadas nas minhas
Emanavam um calor espiritual,
Que me revigorava a alma
Exausta de inúteis pensamentos.

Tu chegavas de surpresa
E cobrias-me de afecto;
Beijos subtis, ternurentos...

(Eu amava-te tanto!)
Nunca aprendi a retribuir
Toda a pureza afectuosa
Com que me abraçavas e beijavas
Na mais sublime expressão
Dos teus puros sentimentos.

Que falta eu sinto de ti
Nestas tardes de pura melancolia.

Sem a simplicidade do teu amor,
Perco-me nos labirintos da minha mente,
Nos múltiplos caminhos da razão.

Vem, regressa da forma como partiste;
Discreta, simples, etérea...
Entra pela humilde porta do meu ser
Envolto em melancolia e desencanto;
Inunda-me de luz e esperança...
Dá-me calorosamente as tuas mãos
Para que eu possa renascer
Das cinzas da tua ausência,
Para que volte a naufragar
No mar de emoções que me despertas.

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