Mateus nos dá uma descrição clássica do Juízo Final:
o Filho do Homem senta-se num trono, e separa, como um pastor, os cabritos das ovelhas.
Neste momento, a grande pergunta do ser humano não será:
"Como vivi?"
Será, isso sim: "Como amei?"
O teste final de toda busca da Salvação, será o Amor.
Não será levado em conta o que fizemos, em que acreditámos, o que conseguimos.
Nada disso nos será pedido. O que nos será pedido: será a maneira de amar o próximo.
Os erros que cometemos nem sequer serão lembrados.
Seremos julgados pelo bem que deixamos de fazer.
Pois manter o Amor trancado dentro de si é ir contra o Espírito de Deus, é a prova de que nunca O conhecemos, de que Ele nos amou em vão, de que Seu Filho morreu inutilmente.
Deixar de Amar significa dizer que Deus jamais inspirou os nossos pensamentos, as nossas vidas, e que nunca chegámos junto Dele o suficiente para sermos tocados pelo seu deslumbrante Amor.
Significa que:
"eu vivi por mim mesmo,
pensei por mim mesmo,
por mim mesmo, e ninguém mais como se Jesus jamais tivesse vivido,
como se Ele jamais tivesse morrido."
É diante de Deus que as nações do mundo serão reunidas.
É na presença de todos os outros homens que seremos julgados.
E cada homem julgar-se-á a si mesmo.
Ali estarão presentes aqueles que encontramos e ajudamos.
Ali também vão estar aqueles que desprezamos e negamos.
Não há necessidade de chamar qualquer Testemunha,
pois nossa própria vida se encarregará de mostrar, na frente de todos, o que fizemos.
Nenhuma outra acusação - além da falta de Amor - será proferida.
Não se enganem;
as palavras que neste Dia ouviremos não virão da teologia,
não virão dos santos,
não virão das igrejas.
Virão dos famintos e dos pobres.
Não virão dos credos e das doutrinas.
Virão dos desnudos e desabrigados.
Não virão das Bíblias e dos livros de orações.
Virão dos copos de água que damos ou deixamos de dar.
Quem é Cristo?
É aquele que alimentou os pobres, vestiu os nus, e visitou os doentes.
Onde está Cristo?
"Todo aquele que receber uma criancinha destas em meu nome, também me recebe."
E quem está com Cristo?
Aquele que ama.
"O Dom Supremo", Henry Drummond (Traduzido e adaptado por Paulo Coelho)
Sem comentários:
Enviar um comentário