domingo, 22 de junho de 2008

Pedidos dos filhos (1)

No magnífico blog do meu caro amigo Pe. Sandro Rogério, encontrei uma pérola de sabedoria que tenho o prazer de partilhar convosco.

«Os filhos pedem a seus pais e educadores vinte solicitações.

1. Não tenham medo de ser firmes comigo. Sua firmeza me dá segurança.
2. Não me tratem com excesso de mimo. Nem tudo o que eu peço me convém.
3. Não me corrijam na frente de outras pessoas. Isso me revolta.
4. Não permitam que eu forme maus hábitos. Dependo de vocês para saber o que é certo e o que é errado.
5. Não façam promessas apressadas. Sinto-me mal quando as promessas não são cumpridas.
6. Não me sufoquem com suas preocupações. Eu também preciso aprender com o sofrimento e com os erros.
7. Não sejam falsos comigo. A falsidade me faz perder a fé em vocês.
8. Não me incomodem com ninharias. Irei fazer-me de surdo.
9. Não dêem a impressão de serem perfeitos, infalíveis. O choque será muito grande quando eu descobrir seus defeitos.
10. Não deixem sem respostas minhas perguntas. Do contrário, deixarei de fazê-las e buscarei informações em outros lugares.
11. Não se sintam humilhados ao terem que pedir desculpas. O perdão me aproxima de vocês.
12. Não digam que minhas preocupações e problemas são tolices. Tentem compreender-me. Ficarei mais sereno.
13. Não esqueçam que estou crescendo e mudando rapidamente. Tentem acertar o passo comigo.
14. Não me comprem presentes. O melhor presente é a presença de vocês. Com vocês sinto-me seguro, forte, amado.
15. Acolham-me desde a fecundação, alimentem-me com aleitamento materno, dêem-me colo, toquem-me porque preciso de tudo isto para crescer saudável e equilibrado.
16. Preciso de um pai forte e amigo, de uma mãe equilibrada e feliz. Seu jeito de ser é que fica marcado em mim. Poderei esquecer suas palavras, não esquecerei seus gestos.
17. Não imponham nem direcionem minha profissão e vocação. Podem aconselhar-me, mostrar-me suas razões, mas deixem-me a liberdade de escolher.
18. Se vocês se amam eu me sinto amado por vocês. Se vocês brigam, não dialogam, não se perdoam, eu me sinto um órfão de pais vivos.
19. Porque vocês foram fracos no bem, eu agora sou forte no mal. Se vocês são pais despreparados eu cresço desequilibrado.
20. Se vocês não me elogiarem, se me castigarem injustamente, se não me ensinarem a rezar, se satisfizerem todos os meus desejos, vocês estragam minha vida.
Os filhos aprendem imitando.»
[continua no próximo post]

Dom Orlando Brandes, arcebispo de Londrina/PR, é presidente do Setor Família da CNBB e escreveu o artigo com o título acima (pedidos dos filhos).Com a devida autorização, reproduzi hoje a primeira parte.

7 comentários:

Alice disse...

... esse texto deveria ser publicado nas primeiras paginas dos jornais !! ( todos os dias )

abraços pra vc

Viviana disse...

Olá Paulo,

Ia lendo e pensando que provávelmente, nunca nenhum filho,
dirigiu estas palavras a um pai...

Achei-as demasiado "fabricadas".

Só no fim vi quem era o autor.

Aí percebi tudo.

Como pode alguem que nem sequer sabe, ou faz a mais pequena ideia , por falta de experiência pessoal, o que é ser pai... dizer aos outros pais estas coisas!?

Desculpe.me a sinceridade, mas tenho muita dificuldade em interiorizar este tipo de textos.

Aceitá-lo-ia de bom grado se tivesse sido escrito por um filho.

È certo que o autor tambem é filho... porém creio que ele ao escrever isto, não estava de modo algum a pensar nos pais dele; mas a querer passar uma mensagem sua... para os outros pais e mães.

O Paulo entende-me?

Um abraço
Viviana

Anónimo disse...

Não sei se polemizo, mas me parece esta é a segunda vez que vejo um comentário da senhora Viviana destilando sua contrariedade a textos de padre e bispo (católicos). Como inquirir sobre o autor sendo este um FILHO? Quer dizer que só pode falar do ser pai aquele que é pai? Não se aprende dentro de uma família, sendo filho? Não se aprende no exercício diário de escuta das pessoas (pais, mães e filhos)? É óbvio que o texto tem algo de “fabricado”. As expressões surgem da vida. As teorias (da vida) vêm depois de se viver, não o contrário. Daí, querida irmã, sugiro-lhe examinar-se se o seu “problema” é com o conteúdo do texto ou com a origem do autor. Examinai tudo, ficai com o que é bom. Para que eu seja bom, você não precisa ser má e vice-versa. Fique bem! Desejos de bênçãos, felicidade e paz!

Viviana disse...

Paulo,

meu estimado Irmão e amigo:

Hoje, só lhe venho dizer, que os meus comentários não serão mais motivo de "perturbação" para os seus blogues.

Um abraço no Amor de Cristo

Que Deus muito o abençoe
Viviana

Paulo Costa disse...

Olá Viviana!

Também a considero amiga e irmã em Cristo. Sinceramente, estimo e admiro muito os seus comentários; que considero pertinentes, inspirados, convictos e muito honestos.
Não sou da opinião que os seus comentários sejam motivo de "perturbação" para os meus blogues. Tenho o hábito de publicar todos os comentários que recebo, com excepção daqueles que considero ofensivos, agressivos ou despropositados. Respeito todas as opiniões quando são expressas com respeito e dignidade.
Se a Viviana se refere à resposta do padre Sandro ao seu comentário como motivo de "perturbação", respeito a sua opinião, mas não posso concordar.
Deduzo pelas suas palavras que não pretende mais comentar nos meus blogues. Se estiver certo, digo-lhe que os meus blogues ficam mais pobres sem os seus comentários, que recebo sempre com grande satisfação e alegria.
Espero que não esteja a pensar em fazer isso, mas se o fizer, só tenho de respeitar e aceitar a sua decisão.

Um grande abraço fraterno em Cristo Jesus.

Viviana disse...

Olá Paulo,

Obrigada pelas suas palavras.

Fizeram-me muito bem.

Tomei aquela decisão com uma tristeza imensa.
Pois o Paulo sabe quanto eu o estimo e quanto lhe quero.
Tambem sabe o quanto aprecio e valorizo os seus blogues.

Pareceu-me que estava a ser motivo de perturbação... e isso eu não quero de modo algum.

Se o Paulo me diz que não sou...
Então, meu bom amigo e irmão, vamos em frente!

Há muito trabalho a fazer para glória do nosso bom Deus!

Creio que o inimigo das nossas almas, tentou nos perturbar.

Mas Deus esteve do nosso lado.

Um grande abraço
Viviana

Anónimo disse...

Olá, Viviana e Paulo!!!
saudação fraterna!

uma coisa é opinião, outra (com possibilidade de ser bem diferente) a verdade... embora, sempre estejamos em busca dela.
Não quis causar nenhum mal entendido. Expressei o que sinceramente senti depreendendo daquilo que li no comentário da "viviana". Mas a maturidade nos faz aceitar a opinião contrária sem com isso nos ofender. Penso na discordância entre Pedro e Paulo... na discordância de outros seguidores de Jesus vindo ao cume de Um Concílio de Jerusalém (cf. At 15). Pensar diferente não faz mal. Nâo é porque penso diferente que preciso me calar para não melindrar. Na diferença (não divergência) sempre nos enriquecemos.
Se preciso, perdoai-me a tonalidade agressiva das palavras. Mas a caridade está acima. E estou a serviço dela e procuro dela ser servo sempre! Fique bem! PAX