segunda-feira, 25 de maio de 2009

COMO AVES MIGRATÓRIAS


Nós somos aves migratórias.
O nosso ninho é apenas um abrigo passageiro.
Estamos a caminho de um outro país.
Somos aves migratórias,
e por isso não ficamos parados no ninho...
vivemos de olhos postos num outro destino.
É para lá que voamos,
com o coração pleno de ansiedade.

Mas os nossos anseios
não nos tolhem os movimentos.
Abrem-nos o coração
e deixam-nos respirar livremente.
Eles conferem dignidade humana à nossa vida.

Só há vida verdadeira
quando somos movidos por ideais.
É no lugar onde residem
esses teus ideais mais profundos
que se encontra o verdadeiro caminho para a vida;
só aí podes descobrir a vitalidade que te falta.

Os teus anseios ajudam-te a conheceres-te a ti próprio.
Quando sentes os teus anseios,
ouves o teu próprio coração.
Nesse momento, os outros,
com as suas expectativas,
não têm qualquer poder sobre ti.
Esta ânsia impede-te de reagir com resignação
às desilusões que sofres na vida.
Pelo contrário, são as desilusões
que mantêm vivos os teus desejos.

Não há nada na Terra - nem sucessos nem pessoas -
que possam acalmar a inquietação da nossa alma.
Só alcançaremos a paz quando
encontrarmos em nós a nascente da água que não se esgota,
a segurança e o abrigo de onde nunca seremos afastados
e um amor que nunca se apaga
nem se esvai por entre os dedos.

Anselm Grün, em "Em cada dia... um caminho para a felicidade"

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