«Debrucei-me sobre o túmulo do meu pai e apoiei a mão na pedra fria. Nuvens obscureciam o céu. O sol apareceu e pousou na minha a sua mão. O frio da pedra falava-me da ausência definitiva do meu pai e o calor do sol da doçura, sempre actuante, da sua alma. Fiquei assim alguns segundos apenas, depois ergui-me e voltei para a cidade com uma força enorme no coração. (...)
Foi a observar o meu pai viver que aprendi o que era a bondade, a única realidade que nesta vida irreal podemos encontrar.»
Christian Bobin, em "Ressuscitar"
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