«Precisamos de tomar consciência que, ao perdoar a alguém, ao fazer-lhe bem (perdoando-lhe uma dívida, por exemplo), em certo sentido fazemos bem sobretudo a nós mesmos: readquirimos aquela liberdade que o rancor e o ressentimento quase nos iam fazendo perder.
Tal como a dependência afectiva, também a recusa em perdoar nos amarra à pessoa a quem queremos mal e aliena a nossa liberdade. Somos tão dependentes das pessoas que detestamos como das pessoas que amamos exageradamente.
Quando alimentamos rancor contra uma pessoa, não paramos de pensar nela, enredamo-nos em pensamentos negativos que nos absorvem uma grande parte da energia, há um «investimento» na relação que não nos deixa psicológica e espiritualmente disponíveis para nos dedicarmos às outras coisas que temos que fazer. O rancor ataca as forças vitais da pessoa que o acalenta e causa-lhe muito dano.
Quando sentimos o coração «apertado», muitas vezes a causa será a seguinte: o nosso coração tem disposições mesquinhas para com o próximo, recusa-se a amar e a perdoar com generosidade. Pelo contrário, a generosidade no amor e no perdão, a benevolência nos julgamentos, a misericórdia, fazem de nós «filhos do Altíssimo», e levam-nos a navegar num universo de gratuidade, nos oceanos ilimitados do amor e da vida divina, onde as mais profundas aspirações do nosso próprio coração serão um dia satisfeitas.
Se amares o próximo, diz Isaías, «então a tua luz surgirá como a aurora, e as tuas feridas não tardarão a cicatrizar-se. Serás como um jardim bem regado, como uma fonte de águas inesgotáveis». (Is 58, 8-11)
Jacques Philippe, em "A Liberdade Interior"
Tal como a dependência afectiva, também a recusa em perdoar nos amarra à pessoa a quem queremos mal e aliena a nossa liberdade. Somos tão dependentes das pessoas que detestamos como das pessoas que amamos exageradamente.
Quando alimentamos rancor contra uma pessoa, não paramos de pensar nela, enredamo-nos em pensamentos negativos que nos absorvem uma grande parte da energia, há um «investimento» na relação que não nos deixa psicológica e espiritualmente disponíveis para nos dedicarmos às outras coisas que temos que fazer. O rancor ataca as forças vitais da pessoa que o acalenta e causa-lhe muito dano.
Quando sentimos o coração «apertado», muitas vezes a causa será a seguinte: o nosso coração tem disposições mesquinhas para com o próximo, recusa-se a amar e a perdoar com generosidade. Pelo contrário, a generosidade no amor e no perdão, a benevolência nos julgamentos, a misericórdia, fazem de nós «filhos do Altíssimo», e levam-nos a navegar num universo de gratuidade, nos oceanos ilimitados do amor e da vida divina, onde as mais profundas aspirações do nosso próprio coração serão um dia satisfeitas.
Se amares o próximo, diz Isaías, «então a tua luz surgirá como a aurora, e as tuas feridas não tardarão a cicatrizar-se. Serás como um jardim bem regado, como uma fonte de águas inesgotáveis». (Is 58, 8-11)
Jacques Philippe, em "A Liberdade Interior"
1 comentário:
Perdoar quem nos magoa, quem nos fere e desilude é sempre muito e muito dificil. Mas não perdoar acaba por aumentar a dor principalmente se essa pessoa nos é próxima. O acto de perdoar e o aceitar do perdão, acabam por limpar a ferida e ajudam a cicatrizá-la embora por vezes ainda leve algum tempo.
Como cristãos temos que ter sempre presente as palavras de Jesus na agonia da cruz: Pai, perdoa-lhes pois não sabem o que fazem. E este apelo não era só para aqueles que ali estavam e que O condenaram mas sim para todos nós em todos os tempos.
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