«Embora vivendo em Paris, onde ninguém pode viver, ouço o canto de um melro ao acordar, diz-me G.
A minha escolha, nesse instante, é a seguinte: começar o dia com essa cantata alada, ou premir o botão do transistor para ouvir as notícias do mundo que, no fundo, não são novas. A minha alegria e o meu coração inclinam-se para o melro e não sei que poder maior me faz carregar no botão do rádio. Estranho, acrescenta ele, sermos os maiores adversários de nós mesmos.»
Christian Bobin, em "Ressuscitar"
4 comentários:
Acredito que somos exatamente aquilo que queremos ser.
Tenha um bom dia ao som do melro
Um grande abraço fraterno
Julimar
Passei para deixar um abraço alado... uma presença de alegria e uma solidária vontade de ver o mundo e as pessoas felizes=)
Obrigada pelas palavras que nos dão vida e sabedoria.
Fica com Deus!
Ainda hoje dou comigo a pensar se invejo um casal de melros que todos os anos nidificam no meu quintal, por isso mostro-me superior e lá deixo um pouco de milho, até porque no Inverno este gesto dá mais conforto à alma.
Ser "CROMO" é algo que enaltece a vida. É sinal que somos guardados com todo o carinho.
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