terça-feira, 29 de julho de 2008

TEM ESPERANÇA!

"A esperança - tal como diz o filósofo francês Gabriel Marcel, que desenvolveu a sua própria filosofia da esperança - é sempre uma esperança para ti e para mim. Aquele que tem esperança diz o seguinte: espero que se altere alguma coisa em mim e que eu consiga lidar melhor com o sofrimento. E, no teu caso, tenho esperança de que a tua tristeza se altere e que entres em contacto com a força que há em ti. A esperança é capaz de esperar. Tem paciência. Existem sempre pessoas à minha volta para as quais isso não é benéfico e que se «vergam». A esperança tem confiança de que essas pessoas sairão da crise. Na esperança, não desisto do outro. Tenho confiança de que ele irá encontrar o seu caminho. E consigo esperar pacientemente até que o outro volte a entrar em contacto com a sua própria força.


Ter esperança significa confiar no invisível e acreditar que ele se tornará mais forte do que aquilo que vejo actualmente." (Anselm Grün, em "O Livro das Respostas")

domingo, 27 de julho de 2008

Deficiências

« “Deficiente” é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

“Louco” é quem não procura ser feliz com o que possui.

“Cego” é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

“Surdo” é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

“Mudo” é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

“Paralítico” é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.

“Diabético” é quem não consegue ser doce.

“Anão” é quem não sabe deixar o amor crescer.

E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:“Miseráveis” são todos que não conseguem falar com Deus.» (Mário Quintana)


Fonte: Caio Fábio

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Ai de quem nos desencorajar de amar!

«Ai de quem nos desencorajar de amar!», escrevia Bernanos. Ai de quem não levar a sério ou pensar que é interesseira essa mão que se estende, num gesto que, muitas vezes, só é possivel após um longo debate interior, após uma vitória heróica sobre o egoísmo.»- Henri Caffarel, em "Nas Encruzilhadas do Amor"

terça-feira, 22 de julho de 2008

Amar é fazer crescer

"Amar uma pessoa não significa fazer as coisas por ela, mas ajudá-la a descobrir sua própria beleza, unicidade, a luz escondida no seu coração e o significado da vida. Através do amor uma nova esperança é comunicada a essa pessoa e um desejo de crescer e viver." - Jean Vanier

domingo, 20 de julho de 2008

És o que amas

"Pouco importa quanto fazes, o que importa é quanto amas."
Pouco importa quanto tens. O que importa é o que tu és."-
(Santo Agostinho)

sexta-feira, 18 de julho de 2008

UMA LUTA QUE VALE A PENA


"A humanidade precisa voltar para este Deus humilde e amoroso, que é todo coração. Ela precisa redescobrir a mensagem da suavidade, da ternura, da não violência e do perdão, para redescobrir a beleza do nosso universo, da matéria, de nosso próprio corpo e de toda a vida. Esse caminho de redescoberta vai ser uma luta, mas uma luta que vale a pena." (Jean Vanier)

terça-feira, 15 de julho de 2008

DAR ESPAÇO À ALMA

"No lugar onde uma pessoa foi muito magoada na sua infância, formam-se pontos sensíveis. E estes pontos sensíveis são a porta para as ofensas. Para que não adoeçamos recorrentemente, é importante que nos reconciliemos com as nossas feridas e nos aceitemos com os nossos pontos sensíveis.(...)

Se estivermos completamente no nosso meio e em harmonia connosco próprios, os outros não nos conseguem magoar tão facilmente. É verdade que ouvimos as palavras ofensivas, mas elas não nos atingem em profundidade.(...)

Salutar para a alma é o facto de se saber amada e de também se amar a si mesma, juntamente com tudo aquilo que nela existe. E é também salutar que a alma possa respirar. Há muitas pessoas que não estão em contacto com a sua alma. Vivem apenas à superfície. Esta separação da alma torna-as doentes. Só quando obtemos o acesso interior à alma é que ela pode renascer e desenvolver-se. A alma precisa de alimento.

Por um lado, é o amor que faz bem à alma, mas também a actividade espiritual. Muitas pessoas adoecem porque não dão espaço à alma. A alma precisa de asas, de agilidade, de amplitude. Aquele que restringe o espaço à alma está a retirar-lhe força. (Anselm Grün, em "O Livro das Respostas")

domingo, 13 de julho de 2008

Lealdade


«Ser leal para com o outro significa dizer-lhe: "Podes confiar em mim. Estou ao teu lado, tal como tu és. A minha aceitação da tua pessoa não está ligada a quaisquer ressalvas. Mas isso não significa que eu permita que tu me desvies do caminho certo, nem das minhas convicções interiores, nem do meu verdadeiro ser."
Ser leal para com o outro também não significa que eu deixe que ele me conduza para alguma coisa má. Pelo contrário, ser leal para com o outro significa o seguinte: "Não brinco com a nossa relação. Estou ao teu lado e não te abandono quando descubro em ti algo que não me agrada. Tenho confiança de que voltarás a encontrar o teu verdadeiro ser, caso tenhas sido desviado dele."
Normalmente, a lealdade para com o outro também me faz bem a mim mesmo. Prende-me, dá-me firmeza e forma-me.

(...) A lealdade é a promessa de permanecer leal ao longo de todas as mudanças que ocorrem em mim e no outro. Digo sim a uma pessoa, apesar de não saber no que ela se vai tranformar. Nesse sentido, a lealdade é também um risco e uma aventura.» (Anselm Grun, em "O Livro das Respostas")

quinta-feira, 10 de julho de 2008

O nosso amor imperfeito

«Precisamos ter uma visão correcta em relação a nós próprios e ao outro. Não devemos esperar tudo do outro. O outro nunca nos poderá oferecer o amor absoluto, uma tranquilidade absoluta e uma compreensão total. Os psicólogos dizem que temos de desmistificar as relações entre duas pessoas, que não devemos exagerar nas exigências, para que o amor possa amadurecer. Só Deus poderá proporcionar algo absoluto. Se elevarmos a relação a um nível ideal e esperarmos do outro o Paraíso na Terra, estaremos a exigir demasiado dele através das nossas expectativas. Nesse caso, a relação tornar-se-á cada vez mais difícil. No entanto, se aceitarmos, agradecidos, aquilo que o outro, com as suas limitações, nos oferece em termos de amor, tranquilidade e compreensão, a nossa relação será facilitada. Reconhecemos, naquilo que recebemos do outro, uma referência ao amor absoluto. E, desta forma, a relação com o outro permanece viva no nosso percurso rumo ao amor absoluto, que Deus representa. É por esse motivo que, para mim, a relação com Deus é uma grande ajuda para que a relação entre as pessoas tenha êxito.» (Anselm Grun, em "O Livro das Respostas")

terça-feira, 8 de julho de 2008

Caminho para a verdade

"Quando o amor revela a mágoa que há em nós, não é raro pensarmos que foi o outro quem nos magoou. E pagamos-lhe na mesma moeda, magoando-o também. Surge assim um ciclo vicioso de mágoa recíproca, que não aprofunda o amor, mas antes o destrói. Aquele que se entrega ao caminho do amor deve saber que se trata de um caminho para a verdade, um caminho onde descubro a minha própria verdade e também a do outro. É o reconhecimento da verdade que é verdadeiramente doloroso. Mas o amor é também a oportunidade de curar esta lesão. Se me aceitar a mim próprio com as minhas feridas e não julgar o outro devido às suas lesões, mas o amar tal como ele é, é possível que o amor cure as minhas feridas e as dele." (Anselm Grun, em "O Livro das Respostas")

domingo, 6 de julho de 2008

Caminhos do Amor

«Para que o amor tenha êxito a longo prazo, não devo confundi-lo com a emoção. Amar não significa estar eternamente apaixonado. O estar apaixonado tem de se transformar num amor que aceita o outro tal como ele é. É frequente descobrirmos o outro com as nossas próprias imagens e desejos e amarmos mais a imagem que fizemos do outro do que aquilo que ele na realidade é. Amar o outro tal como ele é não é tarefa fácil. Exige que abdiquemos de todas as ilusões que criámos sobre ele. E exige também que abdiquemos da ilusão de que o amor é sempre maravilhoso. Frequentemente, é apenas lealdade para com o outro. Isso significa mais do que simplesmente suportá-lo. É dizer-lhe que sim no carácter mediano e banal. E o amor não é sinónimo de uma felicidade duradoura. Não existe amor sem dor. No amor, abro-me ao outro, e, ao fazê-lo, torno-me vulnerável. Sem esta sinceridade, o amor não seria possível. No amor pelos outros, conhecemo-nos com todas as lesões que sofremos na vida. O amor pode magoar, mas também é capaz de curar essa lesão.» (Anselm Grun, em "O Livro das Respostas")

quinta-feira, 3 de julho de 2008

O Poder do Amor

“O que nos é pedido é apenas uma coisa: amar; e, se algo pode consegui-lo, é certamente esse amor que há-de tornar, tanto a nós quanto o próximo, dignos. De facto, isso é uma das coisas mais importantes em matéria de amor. Não existe neste mundo outra maneira de tornar alguém digno de amor senão amando-o. Logo que alguém reconhece ser amado – se não é tão fraco que não suporte mais ser amado – sente-se instantaneamente transformado e a caminho de ser digno de amor. Procurará, então, corresponder, extraindo das profundezas do seu ser um misterioso valor espiritual, uma identidade nova, chamada a existir pelo poder do amor que lhe é dedicado.” - Thomas Merton

terça-feira, 1 de julho de 2008

Liberdade no Espírito


"Liberdade é aceitar que, quando pertencemos a um grupo, raça, tribo, família, comunidade, religião, nenhum desses é perfeito, cada um tem os seus limites e fragilidades. Toda a comunidade de humanos tem a sua luz e sua escuridão. Todos nós somos parte de algo maior do que nós. Todos nós fluimos de uma fonte insondável e estamos todos caminhando para ela, levando connosco a luz da verdade e do amor. Cada um de nós é chamado a estar em comunhão com a fonte e centro do universo. Os infinitos anseios de nosso coração nos chamam para estar em comunhão com o Infinito. Nenhum de nós pode se satisfazer com o limitado e com o finito. Cada um de nós deve ser livre para seguir o Espírito de Deus." (Jean Vanier)