terça-feira, 15 de julho de 2008

DAR ESPAÇO À ALMA

"No lugar onde uma pessoa foi muito magoada na sua infância, formam-se pontos sensíveis. E estes pontos sensíveis são a porta para as ofensas. Para que não adoeçamos recorrentemente, é importante que nos reconciliemos com as nossas feridas e nos aceitemos com os nossos pontos sensíveis.(...)

Se estivermos completamente no nosso meio e em harmonia connosco próprios, os outros não nos conseguem magoar tão facilmente. É verdade que ouvimos as palavras ofensivas, mas elas não nos atingem em profundidade.(...)

Salutar para a alma é o facto de se saber amada e de também se amar a si mesma, juntamente com tudo aquilo que nela existe. E é também salutar que a alma possa respirar. Há muitas pessoas que não estão em contacto com a sua alma. Vivem apenas à superfície. Esta separação da alma torna-as doentes. Só quando obtemos o acesso interior à alma é que ela pode renascer e desenvolver-se. A alma precisa de alimento.

Por um lado, é o amor que faz bem à alma, mas também a actividade espiritual. Muitas pessoas adoecem porque não dão espaço à alma. A alma precisa de asas, de agilidade, de amplitude. Aquele que restringe o espaço à alma está a retirar-lhe força. (Anselm Grün, em "O Livro das Respostas")

2 comentários:

Pod papo - Pod música disse...

que interessante este assunto!
e como fazer para nos reconciliarmos com nossos pontos sensíveis?
eu tenho vários deles!

beijão!

Viviana disse...

Olá Paulo,

Que interssante e profundo este seu post!

Na verdade, é mesmo fundamental resolvermos as "nossas mágoas e feridas da alma", quanto antes...

Se eu precisasse de uma prova da presença do Espírito Santo em mim, seria o facto de eu, aos 67 anos, e depois de ter convivido com tanta e tão variada gente... sentir que não há em mim a mais pequena mágoa, rancor ou raiva... contra quem quer que seja.

Creio que não há uma pessoa com quem eu não fale ou que eu não ame.
Pela graça de Deus, eu consigo esquecer para sempre qualquer coisa menos boa que me possam ter feito.

Por vezes são outros, que me lembram de isto ou daquilo...que alguem me fez.

Mas é muito curioso! Da mesma forma, as coisas positivas que eu fiz... esqueço-as tambem... e muitas vezes são outros que me vêm lembrar.

Nada de mérito meu, claro!

Ai de mim!

Mas apenas e tão somente, pela graça e Misericórdia de Deus.

Para sermos felizes precisamos de viver em paz!

E para termos paz, precisamos de estar de bem connosco, de bem com os outros e de bem com Deus!

Se assim fôr, poderão tentar magoar-nos, mas não nos conseguirão atingir.

Essa é sem dúvida uma das muitíssimas bençãos resultantes de uma vida de comunhão e intimidade com o Senhor.

Glória ao seu Nome, em todo o lugar e em todos os tempos.

Abraço-o no Amor de Cristo, nossa Esperança
Viviana