«Uma das notas mais penosas do neurótico parece ser a ausência de gratuidade com que age. Tudo faz para amar e ser amado, menos amar e deixar-se amar gratuitamente.
No jogo do amor, parece temer, no fundo, sentir-se diminuído, tentando por isto sempre impor sua presença, infelizmente, problemática. Faz-se assim agente, centro e fim das relações amorosas que, por natureza, exigem correspondência livre e generosa.
Ah, que beleza se os neuróticos descobrissem a gratuidade do amor!
Os grandes mestres da Espiritualidade sempre detectaram, nas imperfeições do amor, um desejo impulsivo de dominação. Cobranças mesquinhas, controles descabidos, ciúmes ridículos, rudezas espantosas e desconfianças estapafúrdias não passam de atestados de uma doentia insegurança psicológica.
Amar não é dominar nem muito menos aprisionar.
O caminho do amor é uma aventura rica e dolorosa que vai aos poucos nos libertando das escórias do medo e do egoísmo.
Pe. neylor J. Tonin
2 comentários:
Lindo texto. Concordo plenamente.
Muito bonito mesmo!!!
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