sexta-feira, 8 de outubro de 2010

PLENITUDE INTERIOR - amar e ser amado

«Não há experiência mais profunda no ser humano do que aquela de ser amado.
Só o sentir-se amado transforma, faz perdoar-me a mim mesmo, aceitar o que sou, querer ser o que sou.
As comparações e as utopias fazem-nos, muitas vezes, olhar na direcção errada. Se o desejo comanda a Vida, então que esse desejo seja movido pelo amor a mim mesmo, com uma transparência e simplicidade que me faça dizer sem complexos: esta é a minha perfeição. Uma conquista de todos os dias, mas esta é a minha conquista.

O amor a si mesmo é tudo menos egoísta, porque é uma visão realista das próprias falhas, mas sobretudo um olhar simples e humilde sobre aquilo que sou.
A humildade é reconhecer a nossa bondade e ficarmos extremamente felizes por isso. Mais uma vez, encontra-se no fundo desta dinâmica o amor, e o sentir-se amado.

Para quem acredita, é um passo fundamental dar este salto: acreditar que Deus me ama sempre, acredita sempre em mim, não desiste. Ter alguém que sempre apoia o meu desejo de perfeição é a base de todo o movimento em direcção à plenitude.
Sentindo-se amado, e reconhecido como se é, torna a pessoa mais autêntica no modo de estar perante o mundo e os outros. Move-a o desejo de simplesmente ser, fazer crescer o bem, ser radicalmente optimista, porque nada está perdido, mesmo que o pareça. Deste modo, aquele que é amado ama como a expressão mais própria da Vida. Tudo o que sente e faz se confronta com o desejo que a Vida e os outros se sintam amados como eu me sinto amado.

Por ser tão simples este caminho, é difícil percorrê-lo, porque pensamos que as coisas importantes precisam de enciclopédias para serem explicadas. Quando pensamos e classificamos demasiado, estamos a estragar tudo. Como quando amamos alguém, não o conseguimos explicar, simplesmente é assim.
Quando vivemos em plenitude, tudo é uma oportunidade grande, desejamos afastar as coisas menos boas de nós, e desejamos só que tudo seja bonito... é o único caminho que verdadeiramente interessa.»

António Valério, s.j. http://amar-tesomente.blogspot.com/2009/10/plenitude-interior.html

1 comentário:

Julimar Murat disse...

Querido amigo

Em nós mesmos podemos exercitar o bom ânimo e a paciencia, a fé e a humildade, temos copioso material de aprendizado para fixar em nossa vida os valores da boa vontade e do perdão, da fraternidade pura e bem incessante.

Fique na Paz e muita luz sempre

Julimar