terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

AMAR O PRÓXIMO COMO A NÓS MESMOS

A auto-estima consiste em como nos vemos reflectidos nos olhos dos outros. Isso, por sua vez, condiciona a percepção do mundo e a interacção com a comunidade.

Na condição de cristãos, a auto-estima negativa se expressa basicamente como uma imagem de pessoas não amadas. Negamos nosso próprio valor, somos assombrados por sentimentos de insuficiência e inferioridade, e nos fechamos para o valor dos outros porque ameaça nossa existência. (...)

Para amar o próximo como a nós mesmos, precisamos reconhecer nosso valor e nossa dignidade intrínsecos e nos amar de forma saudável e consciente, conforme Jesus nos ordenou ao dizer: "Ame o seu próximo como a si mesmo". (...)

A capacidade de amar a si mesmo é a raiz e o pilar básico de nossa capacidade de amar aos outros e a Deus. Só posso tolerar nos outros aquilo que posso aceitar em mim.

Van Kaam escreve:

A bondade para com o meu precioso e frágil "eu", quando inspirado exclusivamente por Deus, constitui o núcleo de bondade para com os outros e com as múltiplas formas criadas do Divino ao meu redor. É também uma condição necessária para minha apresentação a Deus.

Ironicamente, nossa auto-repugnância nos leva de modo bem frequente a prejudicar a auto-estima de outros. Andrew Greeley escreve:

A missão de Deus no mundo e sua missão na relação com o crente enquanto indivíduo é essencialmente uma missão de superação da auto-aversão. Pois a auto-aversão é uma barreira ao amor. Não odiamos outras pessoas porque nos amamos demais, mas porque não conseguimos nos amar o bastante. Nós as tememos e desconfiamos delas porque nos sentimos inadequados em nossa relação com elas. Nós nos escondemos por trás de nossa raiva e ódio porque em algum recesso profundo de nossa personalidade não acreditamos que somos bons o suficiente para elas.

(Brennan Manning, em "Convite à Loucura")

4 comentários:

Anónimo disse...

olá paulo...é sempre bom saber que existem pessoas engajadas em levar a palavra de Deus de uma forma firme, se sujeitando e prostrado ao pai.
tem um selo pra vc lá...espero a visita!! paz!

alice matos disse...

Olá Paulo
Gosto da sobtretudo da primeira frase. Na minha experiência pessoal, tenho dado conta de que a auto-estima muda toda a nossa visão sobre nós próprios, sobre o mundo, sobre Deus. Saudação

Viviana disse...

Olá Paulo,

O autor tem razão.

Se não formos capazes de nos amarmos e gostarmos de nós próprios, nunca seremos capazes de amar os outros.

È preciso muito cuidado.
Porque temos uma enorme tendência a não gostarmos de nós, assim como somos.

Temos que recordar constantemente, que o Pai gosta de nós e nos ama muito, tal qual somos...

Se ele assim procede, então é porque temos valor!
E se é Ele que nos mostra isso... não há nenhum motivo para acharmos o contrário.

Um abraço
viviana

Anónimo disse...

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