«A vida hoje afastou-nos da natureza: as paisagens urbanas, com as suas florestas de betão, encerram a vida entre paredes eficazes, super-cómodas, é certo, mas o ar que respiramos por alguma razão se chama “ar condicionado”.
O que acredito é que precisamos de amplitude, de campos vastos a perder de vista, de viagens mais profundas que as da rotina. Precisamos perceber o silêncio das coisas, cúmplice do silêncio da nossa alma.
Precisamos da liberdade leve dessas horas inapreensíveis que passamos junto ao mar.
Há um poeta que diz: “Deus anda à beira d’água”. Não me admiro nada. A imensidão, o nome límpido, a alegria azul do mar são lugares onde Deus deixou o Seu toque.
Os caminhos marítimos para os outros continentes estão descobertos.
O que acredito é que precisamos de amplitude, de campos vastos a perder de vista, de viagens mais profundas que as da rotina. Precisamos perceber o silêncio das coisas, cúmplice do silêncio da nossa alma.
Precisamos da liberdade leve dessas horas inapreensíveis que passamos junto ao mar.
Há um poeta que diz: “Deus anda à beira d’água”. Não me admiro nada. A imensidão, o nome límpido, a alegria azul do mar são lugares onde Deus deixou o Seu toque.
Os caminhos marítimos para os outros continentes estão descobertos.
Falta, talvez, (re)descobrir o caminho marítimo para o porto secreto de cada coração.
José Tolentino Mendonça
José Tolentino Mendonça
4 comentários:
Muito bom o blog! Qria ter conhecido antes, mas agora.. ja está linkado no meu =) Bom fds
1 blog de interesse.
...Deus anda a beira do mar de cada coração, desse oceano que existe em cada um de nós ...=)
Bom fim de semana!
Muito bonito... Infelizmente ainda estou respirando aquele "ar condicionado" mas as vezes fecho os olhos e imagino a liberdade que traz o vento daquele a beira daquele mar citado nesse texto... Muito bom! :)
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