sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

CARTAS DE AMOR DO PROFETA

10 de Fevereiro 1916

(...)Esta fome, que me acompanha por tantos anos, era a vontade de enxergar o que estava além de mim. Tentei de diversas maneiras, e agora encontrei o único caminho certo: através de Deus.
A alma procura Deus, como o ar quente busca as alturas, e os rios correm para o mar. A alma tem dois poderes: o desejo de buscar, e a capacidade de lutar por este desejo.
E a alma nunca perde seu caminho, da mesma maneira que a água não corre montanha acima. Por isso, todas as almas estarão em Deus, não importa quanto tempo isto demore.
O sal não perde suas propriedades, mesmo quando misturado a todas as águas do oceano. A alma não perde esta fome de Deus; ela é eterna, e um dia será saciada.
A alma jamais deixara de buscar a Deus. E quando encontra-lo, irá descobrir que Ele também a estava buscando.»

Kahlil Gibran, em "Cartas de amor do profeta"

1 comentário:

ismael disse...

Quando o tempo é chegado , o eterno peregrino, busca o Deus interno comímpeto irrefreavel. Essa busca chega a ser desesperadora. É como o afogado que busca o ar,o pássaro que busca o ninho, a noite que busca o dia.
Quando este "momento" chegar a portentosa energia da alma, esfacela apersonalidade, destruindo os obstáculos internos que impedem a "doce" união.
A alma clama o "amado" e se o convite demora a ser aceito , forças tremendas buscam crucificar (purificação) a personalidade, até então, egocentrica e separatista.
São João da Cruz, mencionou este acontecimento como a "noite escura da alma", quando os detritos interiores são dissolvidos pelo "acido" da vontade da alma.
O cristianismo mostra este acontecimento, comoa crucificaão do eu infverior "a personalidade",para que , uma vez purificada, o cristo interno, possa buscar o caminho de luz que um dia será percorrido, no futuropor todaahumanidade.
Este é o símbolo do Cristo na cruz.