domingo, 26 de dezembro de 2010

NATAL É QUANDO UM HOMEM QUISER



Tu que dormes à noite na calçada do relento 
Numa cama de chuva com lençóis feitos de vento 
Tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento 
És meu irmão amigo 
És meu irmão 

E tu que dormes só no pesadelo do ciúme 
Numa cama de raiva com lençóis feitos de lume 
E sofres o Natal da solidão sem um queixume 
És meu irmão amigo 
És meu irmão 

Natal é em Dezembro 
Mas em Maio pode ser 
Natal é em Setembro 
É quando um homem quiser 
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer 
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher 

Tu que inventas ternura e brinquedos para dar 
Tu que inventas bonecas e combóios de luar 
E mentes ao teu filho por não os poderes comprar 
És meu irmão amigo 
És meu irmão 

E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei 
Fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei 
Pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei 
És meu irmão amigo 
És meu irmão 

Natal é em Dezembro 
Mas em Maio pode ser 
Natal é em Setembro 
É quando um homem quiser 
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer 
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher 

2 comentários:

ismael disse...

Natal é luz que brilha nos corações. Ele não faz distinções, não é separatista, tanto habita a choupana humilde como o palacio suntuoso. Assim como o sol brilha para todos, tanto aquece pântanos, ou bosques verdejantes, o Natal é dádiva de Deus para todas as almas , santas ou pecadoras. Deus ama todos os seus filhos, os que já caminharam um bom trecho da estrada, ou os que apenas iniciam a jornada. Assim é o Natal!

Diogo França disse...

adorei o texto e tomei a liberdade de postar no meu blog. satisfação em segui-los.
Deus Abençoe. abraço forte !