terça-feira, 10 de novembro de 2009

Para a minha menina-princesa...


«...talvez seja necessário despojarmo-nos de muitas coisas e tornar a vestir as vestes da inocência para que o amor nos possa ser revelado.» (António Alçada Baptista, em "O Riso de Deus")
Quando chegaste, redescobri em mim inocência e alegria.
Removi a máscara que sobrava:
nada havia a esconder de ti, nem medo é a não ser partires.

Supérfluas as palavras, dispensada a aparência, fiquei eu,
Sem prumo, como antes da primeira dúvida
E do último desencanto.

Quando chegaste, escutei meu nome como num outro tempo.
O meu lado da sombra entregou o que ninguém via:
As feridas sem cura e a esperança sem rumo.

( Lya Luft )