terça-feira, 27 de novembro de 2007

O amor egoísta

«O amor egoísta raramente respeita o direito do amado a ser uma pessoa autónoma. Longe de respeitar o verdadeiro ser do outro e permitir à sua personalidade que cresça e se expanda conforme a sua original expressão, esse amor procura guardá-lo em sujeição. Insiste em que ele se conforme a nós e ainda se esforça de todos os modos para o conseguir.
Um amor interesseiro definha e morre se não é alimentado pela atenção do amado. Quando amamos assim, os nossos amigos só existem para que os possamos amar. Amando-os, o que procuramos é domesticá-los e guardá-los como coisas nossas. A esse amor, o que mais amedronta é a emancipação do amado. Ele exige-lhe a sujeição, indispensável à sua existência.»- Thomas Merton, em "Homem algum é uma ilha"

2 comentários:

Anónimo disse...

"Longe de ti são ermos os caminhos,
Longe de ti não há luar nem rosas;
Longe de ti há noites silenciosas,
Há dias sem calor, beirais sem ninhos!"

Anónimo disse...

òtimo texto esse e infelizmente bem real, aos olhos do "amor" do outro o amado é sempre uma coisa nunca um ser. Sendo assim é a maior vitima do amor que a ele é dado. Coloquei esse texto no meu blog espero que não se ofenda.